Acordei com um misto de
felicidade e tristeza. Tristeza por estar indo embora, e felicidade por estar
voltando pra minha casa e família.
Tomamos nosso último café, minha
última noite na barraca foi muito boa. Mochilas nas costas, como Eu e o
Guilherme temos problemas nos joelhos, decidimos que iríamos andar sem paradas
até quando nosso corpo conseguisse. Seu irmão Edu nos acompanhou nessa tarefa.
Dessa forma tomamos a dianteira do grupo e desaparecemos, sem olhar pra trás,
nem pra frente, e andamos, ultrapassamos outras turmas, mas nada nos fez parar,
nem mesmo as dores intensas na sola do pé e na panturrilha direita. Esse foi o
pior dia de todos, o cansaço acumulado, as dores, andar na Gran Sabana com o
sol castigando. Novamente liguei o automático e fui embora, só fiz duas paradas
no caminho, em pontos onde pegamos água e aproveitei pra deixar meus pés por
alguns segundos na água gelada para dar um pouco de gás.
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E o Roraima foi ficando pra trás. |
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Uma vítima da trilha. (27-01-2011) Descanse em paz. |
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E a trilha nos conumindo. |
A chegada na aldeia de Paraitepuy
foi novamente emocionante, trocamos abraços acalorados e fomos recebidos com
mais cerveja, refrigerante e água.
Fizemos o percurso de pouco mais
de 13km em 3hs cravadas. O primeiro do grupo fora nós três, chegou depois de 55
minutos.
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Os guerreiros Roraimeros Edu e Guilherme Asta e Dida (eu) |
Com todos lá fizemos nossa foto,
os 13 juntos, os 13 “Guerreiros Roraimeiros”. Entramos nos 4 x 4 e seguimos rumo a São Francisco, onde
almoçaríamos e compraríamos peças do artesanato local. Que nada. Não tinha
comida e havia somente umas 3 barracas abertas com pouquíssimas opções. Comprei
um imã de geladeira com o desenho do Monte Roraima, achei que encontraria mais
coisas em Boa Vista. Não encontrei nada. Também encontramos a famosa pimenta
com formigas tanajura. E só. De lá, seguimos direto para Santa Helena de
Uiarén, onde almoçamos, comi Cachapa, uma espécie de bolo de milho em forma de
panqueca coberto com queijo gratinado e com uma mega bisteca de porco. Nem me
importei com a falta de limão, mandei bala, a fome tava grande. De lá para a
casa de apoio, desta vez pra trocar o 4 x 4 pela Van. De lá para a fronteira, e
após toda a burocracia pegamos a estrada esburacada de volta para Boa Vista,
onde chegamos por volta das 19:00hs. Tomamos banho e fomos jantar no
restaurante Tropical, onde se faz talvez o melhor peixe em toda Boa Vista, pelo
menos não achei nenhum outro aberto onde pudesse experimentar. No despedimos de
nossos amigos Mineiros, cada um foi para o seu Hotel e assim acabou nossa
expedição.
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Já sinto falta dessa turma. |
Ainda fiquei mais 2 dias com a
Carmen, saímos para tentar comprar frutas da região, mas infelizmente só
achamos polpa, parece até piada, mas não é, é a mais pura verdade. Conto isso
em outros tópicos.
O Roraima deixou muitas saudades,
nos deu um belo aprendizado e espero que nossa amizade se mantenha, já estou
com saudades desse bando de loucos.
Fala Patty, tudo bem ?
ResponderExcluirOlha, foi muito mais do que eu escrevi e muito mais do que vc. viu nas fotos. A Carmencita pode te falar, vendo as fotos depois eu achava que era outro lugar, porque nem as fotos nem os vídeos podem mostrar pra todos o que nossos olhos viram naquele lugar.
É realmente mágico e o grupo todo foi muito bem, formamos uma bela família e todos tinham alguma experiência em caminhadas, tudo isso somado só poderia resultar numa viagem dos sonhos.
Obrigado pelas palavras, e logo logo tem mais textos, estou escrevendo sobre a comida, fauna e flora, espere até ver as fotos da flora local.