Powered By Blogger

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

5º Dia - Quarta, 17 de Outubro de 2012.




Hoje a saudade de casa e do meu Amor bateu forte.

Truque com grande exposição.
 Saímos cedo para ver o sol nascer no paredão do lado braZileiro, mas infelizmente chegamos tarde e o sol já estava na metade do caminho de subida. Ainda assim foi sensacional, mas decidimos voltar para tomar café e deixamos acertado que acordaríamos mais cedo no dia seguinte pra ver o espetáculo desde o começo.




Sequência do nascer do sol. No dia seguinte foi ainda melhor.

Café tomado, desta vez fomos sem mochilas numa caminhada até o Lago Gladys, que pra mim passou a se chamar Lago Carla, tamanha sua beleza, cercado por uma floresta de cor avermelhada que chamei de floresta ruiva, que temos que atravessar para chegar ao lago.




Pouco a frente do lago há a possibilidade de avistar a imponente Proa, porém havia uma neblina fechando todo o caminho e não foi possível avistá-la. Mas podemos ver parte dos destroços do helicóptero do Globo Ecologia que caiu por lá.
 
Consegui boas fotos do sapinho endêmico do Monte, um bichinho maravilhoso. E aconteceu de novo, dois eventos dobrados: tomei dois rolas muito loucos, mas fiquei inteiro, sem machucados. E tomei dois banhos. Bom, meu último banho com sabonete aconteceu dois dias atrás, no campo base, então isso foi um evento e eu estava realmente necessitado de um banho. Aqui em cima a água é gelada demais e sem minhas meias de neoprene as coisas ficaram complicadas pro meu lado.



Sinceramente, esse lugar é um verdadeiro exercício que nos mostra o quanto somos insignificantes diante da criação. Estamos sobre uma montanha com pelo menos 3 bilhões de anos, uma grande rocha porosa, de arenito. É muito estranho imaginar que isso pode simplesmente ruir sob nossos pés sem qualquer aviso prévio, e mais legal perceber que nem toda nossa tecnologia, com botas de Gore-tex, anoraks impermeáveis, mochilas acolchoadas de última geração, bastões de caminhada e nada disso é suficiente, nada disso nos faz passar pelas situações sem um perrengue aqui e acolá. Essa montanha é tão frágil e ao mesmo tempo tão forte.

No retorno para o Hotel o tema foi saudade e acabei chorando um bocado com meu novo amigo, o mineiro Luciano. Eu com a lembrança do meu falecido irmão, que foi quem sempre me incentivou nos esportes, inclusos os radicais, Luciano pela saudade da esposa, que luta há 10 anos contra um câncer de mama, e nesse tempo todo ele nunca se afastou dela. Esse cara tem uma história de vida sensacional, é um exemplo de homem, de pai, e é uma figura sensacional. Te devo um queijo mineiro. E eu sempre pago minhas dívidas.
Chegamos no Hotel, jantamos e partimos para o descanso merecido. Amanhã é dia de ver o sol nascer na íntegra, sem cortes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário